O porque de ser WIL

A dor me toma mais uma vez essa noite. E é ela, acima de tudo que me faz escrever. Cada linha, cada sílaba é produto de uma cadeia torturosa de alfinetadas e cicatrizes em minha alma.
E assim como joanetes e marcas deixadas em corpos de outrem, as minhas marcas doem quando o tempo está frio, sombrio, cinza e apático. Desde o nascer até o fenecer dessa estática bola de fogo que me vigia e tortura com sua arma de raios ultra-violetas.
Acho que sou sensível ao frio porque sou sensível a mim mesmo. Tenho medo de ser eu, ser cinza e sombrio. Eu sou frio. Pelo menos é o que me tornei: WIL. Assim como do eucalípto, árvore considerada como ser portador de cura e bem-estar vão caindo folhas amareladas e secas, eu também faleço. Já fui WILLIAM na vida.
Se pudesse definir WIL, seria como ser finito que peregrina em sombras e em um inverno pesado. Já o WILLIAM é ser harmonioso, homeotérmico e está por aí correndo em uma terra-do-nunca, em terras onde o sol nunca parte, onde não é frio, onde os sonhos são produzidos.
3 Comments:
Duvido que vc tenha medo de ser vc..
Sorte.
Só pra dizer que passei por aqui :)
Oh grande Escritor,
O que dizer diante de tanta emoção, de uma veia poética que pulsa cismando afirmar a falta de verso, as linhas tortas, os caminhos erradios????....mas que se cruzam na totalidade de um feito apenas....a poesia...
Tu és um ser deveras iluminado.....
Bruna Matos
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